terça-feira, 10 de julho de 2012

Versos que todos gostariam de escrever para a amada

Um soneto de Shakespeare, traduzido por Ivo Barroso, um exemplo do que o amor era capaz de inspirar em outros tempos e um convite para que os enamorados nele se espelhem e tentem homenagear as amadas como elas merecem. Não acredito que as mulheres tenham perdido o feitiço e o encanto. Suponho que aos homens venha faltando a capacidade de percebê-los e exprimi-los. Extraído do segundo volume das Obras Completas de William Shakespeare, publicadas em 1981 pela Editora Abril. "Devo igualar-te a um dia de verão? Mais afável e belo é o teu semblante: O vento esfolha maio inda em botão, Dura o termo estival um breve instante. Muitas vezes a luz do céu calcina, Mas o áureo tom também perde a clareza: De seu belo a beleza enfim declina, Ao léu ou pelas leis da natureza. Só teu verão eterno não se acaba Nem a posse de tua formosura; De impor-te a sombra a Morte não se gaba Pois que esta estrofe eterna ao Tempo dura. Enquanto houver viventes nesta lida, Há de viver meu verso e te dar vida."

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